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domingo, 5 de dezembro de 2010

Melhor de três

Salve !

Há exatos 17 anos atrás, num também Domingo 05/12, eu vi Paul McCartney em Curitiba. Possivelmente teria sido a última vez, não fosse a grata surpresa de 2010 trazê-lo de volta ao Brasil. Muitas rezas, velas e súplicas depois, tive três oportunidades de rever o maior músico ainda vivo:


Porto Alegre - 07/11

Era a primeira vez em 17 anos. Muita tecnologia veio nesse tempo como o DVD, o Youtube, ou seja, muito mais acesso a imagens e notícias. Mas a emoção de revê-lo ao vivo era única. Quando finalmente as  luzes se apagaram, meu coração bateu forte, como há tempos não o fazia. Ver um beatle entrando no palco, com o lendário baixo Hofner em punho e começar a maior viagem da minha vida foi mágico. 
Com uma humildade de deixar muito artistinha atual no chinelo, Paul falou em português (lendo do TP, claro!) em todos os intervalos, dedicou músicas a John (Here Today) e George (Something), antes de tocar Paperback Writer falou que a guitarra que estava usando era a mesma da gravação original de 1966, e pra fechar o mítico piano psicodélico de Magical Mystery Tour onde ele entoou Hey Jude e Lady Madonna.

Um lance inesquecível pra mim foi uma hora que olhei para o lado e lá meio da galera via uma muleta sendo agitada para cima. Aí falei pro pessoal ao redor: "Porra, Paul é Deus mesmo ! - Olhou para aquela pessoa lá e disse "Levanta-te e anda" auahauhauahauahua". 

Inesquecível !


São Paulo - 21/11

Durante a semana que precedeu este show, houve uma série de combinações via twitter: 
1) Quando Paul entrasse no palco o estádio cantaria She Loves You, trocando o "She" por "We";
2) Em Give Peace a Chance, todos balançariam balões brancos;
3) Quando ele saísse do palco para o primeiro bis, o estádio cantaria: "You say good-bye and I say hello, hello, hello, I don't know why you say good-bye I say hello".

Todas as três deram certo ! - Foi sensacional ! - A energia era tanta que quando a música acabava o estádio continuava cantando a música a ponto de quase não deixar Paul falar as frases do roteiro do show. Em certo ponto ele disse: "You are something else !". 

Em outra hora ele começar a "batucar" o baixo e cantar: "Ôô São Paulo" e o estádio repetia. Daí ele ia mudando pra "Chuck Chuck Chuck São Paulo" e "Ho Ho São Paulo" e assim foi quase cinco minutos. Visivelmente ele mesmo não acreditava no que via.



 Inesquecível !


São Paulo - 22/11

Neste dia caiu uma chuva que foi de lascar. Mas ninguém se intimidou. Capa de chuva e "vambora". Como toda mágica acontece na hora certa, a chuva foi embora na hora do show e mais três horas de magia estavam por começar. Neste dia, o set foi alterado em cinco músicas, o que engrandeceu ainda mais o espetáculo.


Quando ele proferiu os últimos acordes e a eterna frase "And in the end, the love you take is equal to the love you make" de "The End", era a despedida derradeira. 

Mas minha felicidade havia se completado. Três shows. Três sets diferentes. Três dias de energias diferentes.



O maior espetáculo do universo, regido, orquestrado, escrito, dirigido e  interpretado pelo maior de todos: Paul McCartney.






Inesquecível !

É isso aí... a idéia é essa !

Alfredo
Os Impublicáveis

P.S.: Não posso deixar de mandar minha obsessão por números: quando vi Paul em 1993, eu tinha 17 anos. Eu hoje tenho o dobro (34), exatamente a metade da idade de Paul (68). Pega essa !!!

3 comentários:

Douglas R. L. disse...

Parabéns cara! Boa review... hehe

Monica C. Dietrich disse...

Foi demais! Inesquecível!
Quero mais!!!

Anônimo disse...

quero deixar claro que eu também estava lá no dia cabalistico com os mesmos 17 anos...